Tesla – o short do ano

São tantos problemas que é até difícil começar a escrever sobre eles… Mas vamos tentar.

Com uma capitalização bursátil de US$32 bilhões, a Tesla é um pouco menor que a GM, com seus US$57 bilhões. As diferenças começam aí.

A GM entregou quase 300 mil veículos em maio de 2015, contra 10 mil vendidos pela Tesla no primeiro trimestre inteiro!!!

Em cima desses números do primeiro trimestre, a empresa obteve um prejuízo de US$0.71 por ação, de acordo com estimativas da Merrill Lynch. Mas o mercado preferiu ignorar os números e excluir as perdas com o câmbio (sem trocadilhos) e créditos regulatórios e chegou a US$0.36 de prejuízo por ação, contra um prejuízo esperado de US$0.49 –
melhor que o esperado!!! Sério???

Todas as corretoras e bancos que seguem a ação a põem em múltiplos para 2020, já que é quando eles esperam que a ação esteja barata. Levando em conta que os analistas não conseguem prever com exatidão os números para o próximo trimestre, como podemos ter
certeza dos números de daqui a 5 anos?

A empresa tem dívidas de mais de US$3.3 bilhões, que é facilmente manejável com a taxa de juros a zero.

Ela ainda está queimando caixa, investindo em fábricas e novos modelos. O que
acontecerá com as ações quando a taxa de juros subir e os benefícios fiscais se
exaurirem (i.e., as vendas caírem)? Lembrando que o rating da Tesla é B-, 3
posições abaixo do “investment grade”.

Admiramos o CEO, Elon Musk, e gostamos da empresa, mas achamos que ela está precificada para a perfeição, que raramente acontece.

A Tesla pode ser o short do ano.

Imporante lembrar que o valuation pode ficar ainda mais insano, antes de uma correção significativa.

Não recomendamos aos não-profissionais a venda a descoberto.

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