Na próxima semana, teremos a tão esperada reunião do FOMC, onde se decidirá o futuro das taxas de juros nos EUA.
Conforme mencionamos há dois meses, esperamos uma alta modesta na taxa de juros de 0.25%. Será a primeira alta na taxa de juros nos EUA em quase 10 anos.
Apesar do FED acreditar que preparou o mercado para esse momento, sempre fica a duvida: depois de anos acostumados com dinheiro farto e barato (quase de graça), como os mercados reagirão a esse aumento?
Temos certeza de que Janet Yellen fará o máximo para convencer o mercado de que outras altas na taxa de juros não serão automáticas e que o FED vai continuar sendo dependente de dados para avaliar possíveis mudanças.
Também desconfiamos de que não haverá outras altas e que o caminho a seguir será de mais estímulos financeiros à economia. Claro, se todos os outros estímulos não funcionaram, vamos tentar novamente! Vai ver que da próxima vez dê certo… Só que não!
Mas queremos ressaltar outra coisa, que o mercado ainda não precificou corretamente (na nossa humilde opinião).
Na próxima sexta-feira, dia 18, dois dias após a decisão do FED, há o vencimento de opções nos EUA. Esse é o maior vencimento do mês (nos EUA existem vencimentos praticamente todas as semanas).
O número de contratos de venda (puts) estão nas alturas, o que nos faz pensar que o mercado está especulando uma baixa após a reunião do FED.
Além disso, a Moodys (finalmente) pôs o rating do Brasil em revisão para um possível downgrade. A Moodys ainda tem 3 meses para tomar uma decisão. Se esse downgrade realmente vier, há de se pensar se os preços dos ativos brasileiros já refletem essa decisão. Apesar de ser o downgrade mais anunciado da história, sempre existem surpresas (o caso daquela avozinha que já está velhinha e doente, mas quando morre, todos se espantam).
Recomendamos aos nossos clientes muita prudência nessa hora e baixíssima exposição a ativos de risco. Renda fixa em bancos de primeira linha e um pouco de ouro físico continua sendo nossa melhor proteção e seguro contra acidentes em um mundo cada vez mais endividado.