Voltamos a comprar bonds hoje. Em alguns portfolios com maior apetite ao risco, incluímos também bonds do Mexico em pesos (e não em dólares), apostando na apreciação da moeda mexicana.
Como disse uma vez Warren Buffett, devemos ser gananciosos quando o mercado é medroso e medrosos quando o mercado é ganancioso. Partilhamos dessa teoria e, por isso, tomamos essa decisão.
A vitória de Trump nas eleições norte-americanas foi sem dúvida, para a maioria, um evento surpreendente. Trump venceu um Bush nas primárias e uma Clinton na eleição geral – um feito histórico! Mencionamos isso no nosso post de ontem, mas vale a pena reforçar: os efeitos ainda vão aparecer.
Não há como saber como será a administração Trump e não devemos nos precipitar em decisões que podem custar caro mais à frente. Após as eleições, o preço do cobre disparou, assim como ações (especialmente as de bancos e biotecnologia, que sofreram antecipadamente com uma possível – e provável – vitória da Hillary Clinton e dos custos adicionais para esses setores, com o aumento da regulamentação e interferência governamental), enquanto que o preço dos bonds desmoronou, tal como as moedas do mundo inteiro (dólar mais forte).
Achamos o movimento demasiado e vimos oportunidades em alguns bonds que vendemos há apenas algumas semanas. Então, decidimos voltar às compras!
No nosso racional, vai ser muito difícil o novo presidente tirar os EUA (e, por falar assim, o mundo) do maior problema que persiste há anos: uma taxa de crescimento aquém do desejado! Há quem diga que os EUA estão entrando em uma recessão e vários números apoiam essa tese, de forma que não há como a taxa de juros lá subir muito.
Acreditamos que uma alta de 0,25% virá em dezembro, mas não será seguida por outras no embalo. Deste modo, o investimento em bonds no momento pode se provar lucrativo. Ainda temos uma posição short em ações e mantemos boa parte dos portfolios em cash, para aproveitar futuras oportunidades.