Adeus, presidente!

Imagine que você contrate uma presidente para a sua empresa a preço de ouro. Na entrevista, essa até então candidata a presidente omitiu vários “detalhes” que seriam cruciais para a decisão sobre a sua contratação, tais como performance passada (ela esteve na cadeia, quebrou várias outras empresas por onde passou, nunca se deu bem com subordinados, etc.), objetivos (tomar a empresa para si e seus amigos) e, principalmente, performance futura (promessas vazias para impressionar). Mas você realmente gostou da maneira como alguns amigos e conhecidos falaram dessa candidata e decidiu contratá-la.

Logo após seu início na empresa, as coisas foram de mal a pior. A empresa começou a contratar gente sem qualificação necessária somente para preencher uma “função social” no bairro onde a empresa se instalou. Embora tivesse contratado mais funcionários, se recusava a delegar responsabilidades e atribuições, mas quando o fazia, intervinha e desautorizava as decisões dos gerentes e diretores, acreditando ser a mais sapiente e capacitada de todos, em todas as áreas, sem exceção.

A empresa implementou um plano de economia de energia, que acabou custando praticamente o dobro do valor da energia pago antes. Além disso, exigiu de empresas coligadas que baixassem o preço de suas mercadorias e serviços para favorecer o crescimento de clientes.

Começou um plano de doações para entidades ilegais sem CNPJ para formar um exército em caso de demissão da presidente ajudar ao próximo (essa presidente é realmente bondosa, especialmente com o dinheiro dos outros).

Essa presidente começou a emprestar dinheiro da empresa a juros subsidiados para empreiteiras amigas que iam superfaturar obras promover o desenvolvimento da empresa.

Não satisfeita, representava a empresa em todos os eventos e congressos, nos quais proferia discursos sem nexo algum, manchando a imagem da companhia.

E inúmeras outras falcatruas e indiligências se seguiram…

Como você descobriu logo depois, a presidente não tinha a menor condição de se manter no cargo, após ter trocado os pés pelas mãos incontáveis vezes e estar levando a empresa à bancarrota!

Você marca uma reunião e lhe dá o aviso prévio. Ela ainda tem 30 dias para se manter no cargo antes de sua demissão. E o que acontece?

Essa presidente aumenta o ritmo das baixarias que estava fazendo na sua empresa: liga para os clientes e diz que está sendo demitida sem justa causa, libera ainda mais recursos da empresa para entidades ilegais, diminuindo ainda mais as receitas e aumentando os gastos, sabendo perfeitamente que isso vai custar anos de trabalho, vários empregos e milhões de reais em reestruturações.

Não poderia o dono da empresa expor a funcionária? O Brasil deveria fazer o mesmo… Cadeia ainda é o lugar de bandido!!

Comentários

    Josy
    2 de May de 2016

    Verdade!! Todo presidente ou qqr outro cargo na nação deveria ser tratado igual a um executivo de uma empresa!!

    0
    0
    lauro araujo
    2 de May de 2016

    não entregou o que prometeu sai, é assim em qualquer lugar. Portanto prometa com responsabilidade e trabalhe duro para cumprir.

    0
    0
    Thomas Fink
    3 de May de 2016

    Parabens Marcelo. Sempre escrevendo bem!!!!

    0
    0

Deixe seu comentário

Todos os campos são obrigatórios
Pesquisar
Publicações Recentes

Transporte marítimo: Tankers

Por Marcelo López Como já mencionei em várias ocasiões, o setor de transporte marítimo (shipping) é caracteristicamente marcado pela ciclicidade. Embora essa dinâmica represente uma

Continuar lendo

Contato

Brasil
Vila da Serra, Nova Lima - MG
CEP: 34.006-053
Tratamento de dados - DPO
dpo@l2capital.com.br
Ao enviar seus dados, você declara estar de acordo com os Termos de Política de Privacidade

Dev by

É recomendada ao investidor a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento ao aplicar os seus recursos. A L2 Capital Partners não comercializa cotas de fundos e/ou clubes de investimento ou qualquer ativo financeiro. Conheça nossa Política de Voto.