A boa notícia de hoje foi a divulgação da intenção do governo federal de privatizar a jurássica Eletrobrás (como dizia o saudoso Roberto Campos, a Eletrossauro).
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a União permanecerá como acionista da companhia e receberá dividendos, provavelmente nos mesmos moldes que a Vale. É bom lembrar que a Vale, que passou por uma privatização meia-boca, pagou mais em impostos e dividendos ao governo após ser privatizada do que em toda a sua história anterior.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, as ineficiências acumuladas nos últimos 15 anos na Eletrobrás tiveram impacto negativo de cerca de cerca de R$ 250 bilhões!!! Obviamente, como esse dado é uma estimativa do Ministério, podemos aumentá-lo sem dó.
O Estado não produz nada, por definição, e somente cria barreiras ao crescimento do país. Ter o Estado como sócio majoritário em uma empresa de energia elétrica (ou bancos, hidrelétricas, petroleiras, etc.) e esperar uma boa performance é como amarrar uma âncora em um nadador e esperar que ele vá bem. O argumento, sustentado por alguns, de que ativos “estratégicos” devem ser controlados pelo Estado é extremamente frágil e tem inúmeros exemplos que o contrariam pelo mundo afora.
Como a União ainda permaneceria sócia da Eletrobrás, caso haja mesmo uma privatização, não seria um modelo perfeito, mas já representaria uma melhora em relação ao atual. Vamos ver se o governo anima e inclui em breve a Petrobras, Banco do Brasil, etc.
Acabar com o BNDES, bancos de fomento, diminuir o número de Ministérios e Secretarias aliviaria bastante o bolso dos contribuintes do Brasil e, sem dúvida, traria mais desenvolvimento. Vamos ver se algum iluminado propõe essas medidas.