Nos últimos anos, vimos presenciando uma baixa expressiva na taxa de juros do governo norte-americana. Os juros, que eram de em média 6% a.a., caíram para zero e ali permaneceram por quase 8 anos.
Com essa queda, o FED, Banco Central dos EUA, esperava conseguir fomentar o consumo das famílias, já que o dinheiro parado em conta não renderia mais o esperado (ou seja, as famílias não teriam incentivo para poupar).
Com uma alta no consumo, as empresas produziriam mais e, por consequência, contratariam mais também, iniciando assim um novo ciclo virtuoso para a economia.
Infelizmente, para o FED e todos os que têm poupança em dólar, não foi isso que aconteceu. Mais precisamente, e como já havíamos alertado, o efeito obtido foi o contrário: com menos juros, os americanos resolveram poupar mais e gastar menos, postergando ainda mais a recuperação da economia.
Essa queda na taxa de juros trouxe, ainda, um efeito nefasto: os mais idosos e já aposentados, tiveram que redobrar os trabalhos e reduzir ainda mais o consumo para poder fazer frente aos preços mais altos (consequência direta do aumento de dinheiro em circulação e da menor taxa de juros) e à menor remuneração do capital que eles acumularam durante toda a vida.
Como o dinheiro pode ser fabricado do nada e os bancos têm um incentivo grande para manter o status quo, o sistema torna-se extremamente instável, com oscilações bruscas e perigosas.
Em função de todo esse contexto, julgamos ser importante ter uma diversificação dos ativos em portfolio. Bens que não podem ser fabricados do nada, como ouro e imóveis, tornam-se imprescindíveis a qualquer carteira de investimentos.
Nossa visão sobre o ouro já é bem conhecida e a enfatizamos diversas vezes, salientando sua característica de reserva de valor e de proteção contra colapsos sistêmicos. Os imóveis, por sua vez, constituem uma excelente alternativa quando se deseja elevar a remuneração do patrimônio em tempos como os que estamos vivendo. Temos particular preferência pelos de renda, desde que devidamente remunerados, já que cumprem sua dupla função: a de proteção contra a inflação e a de geração de renda.
Aliando o investimento em imóveis a um ambiente de legislação sólida e segura e a uma moeda forte, conseguimos potencializar a capacidade de preservação e crescimento do patrimônio. Conseguir atender todas essas premissas não é uma tarefa fácil e requer um trabalho extenuante de busca por oportunidades.