Aqui na L2 Capital, estamos sempre buscando oportunidades de investimento que estão fora do radar dos grandes bancos e corretoras. Acreditamos ter encontrado mais uma.

Estamos falando da Magnesita (MAGG3), uma empresa que basicamente opera com mineração e refratários. Ela possui a maior e mais rentável mina de magnesita do mundo (Brumado, BA) e está presente em mais de 100 países e em todos os continentes.

Como um player global, as vendas da Magnesita passam dos US$ 1,2 bilhão, sendo que cerca de 25% provém do Brasil. Não vamos nos delongar na explicação, já que a empresa é razoavelmente conhecida e qualquer um pode ter acesso às informações gerais através do seu website (ri.magnesita.com).

A oportunidade que estamos vislumbrando é a mudança da sede da empresa do Brasil para a Inglaterra (Londres). Como apenas 25% da receita é gerada aqui, a Magnesita acaba sendo “penalizada” pelos investidores por estar no Brasil, ou seja, tem menos visibilidade para novos e grandes investidores e maior custo da dívida.

Achamos que, com a mudança de sede para Londres, a empresa ganhará os dois: maior visibilidade e menor custo da dívida, o que acarretará certamente em um maior valor de mercado (ações a um preço maior).

Uma vez em Londres, a empresa poderá acessar o mercado de capital internacional e emitir dívida a um custo menor. Com essa nova dívida, a empresa poderá recomprar sua dívida antiga, de custo maior, e colocar no bolso a diferença.

Além do mais, se olharmos para o resultado do primeiro trimestre da empresa (lucro pouco acima de R$80 milhões) e assumirmos que a empresa poderá mantê-lo nos próximos 3 trimestres do ano, estamos falando em um lucro líquido acima de R$320 milhões. Mas vamos ser um pouco mais conservadores (porque, como sabemos, o primeiro trimestre é mais lucrativo para a empresa devido ao mercado de cimento e suas melhores margens) e assumir que o lucro seja de apenas R$250 milhões. Estamos falando em um P/L (Preço/Lucro) abaixo de 3!!! Isso, para uma empresa com praticamente reserva de mercado!!!

Por fim, uma vez em Londres, a empresa será comparada com as suas peers, ou seja, Vesuvius e Rhinebeck – e ambas carregam múltiplos substancialmente maiores que os múltiplos do setor de siderurgia. Aqui, a Magnesita é comparada à Usiminas, CSN e Gerdau. Lá fora ela terá seus próprios peers, com um risco de negócio razoavelmente menor e, portanto, valores maiores para as ações.

A Dívida Líquida/EBITDA da Vesuvius está em 1,8x, a da RHI está em cerca de 2,9x e a da Magnesita, ao final desse ano, deve chegar a 3,8x. Assim que a dívida for diminuindo, acreditamos que o mercado precificará as ações de acordo. Não esperamos uma mudança radical imediata, mas é uma excelente aposta com risco x retorno bem favorável para o médio- prazo.

 

 

Comentários

    José Maria Meireles Junqueira.
    24 de May de 2016

    Obrigado pelas informações oportunas e coerentes. Gostaria que informasse algumas empresas que comercializam ouro físico.

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