ECONOMIA
31/12/2015
Crise deverá ficar mais profunda em 2016
Especialistas preveem piora do quadro econômico com medidas monetárias restritivas para conter a inflação
Leonardo Francia
“Saudades” – O sócio e Gestor de Fundos de Renda Variável e Multimercados da L2 Capital Partners, Marcelo López, acredita que em 2016 “vamos ter saudades de 2015”. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional deve cair menos no próximo exercício, mas o problema é que a base deste ano já é negativa. “Não acho que será pior, mas vamos ter queda em cima da queda deste ano”, acrescentou.
López analisa que o governo federal deve adotar uma política mais expansionista de crédito, o que é até esperado pelo mercado com a confirmação de Nelson Barbosa como ministro da Economia. Porém, para ele essa não é a solução para a economia nacional. “A perspectiva é de que a inflação deve subir e os juros também”, disse.
O analista explicou que, em função da situação política, o governo não deve arriscar uma política de incentivo aos investimentos privados e juros mais baixos, onde a economia poderia crescer, porque isso levaria cerca de um ano para ser efetivado, prazo longo para quem quer se manter no “poder”. “A situação política está afetando a economia do País e isso é um mal”, frisou.
De acordo com López, o governo não deve fazer as reformas trabalhista e previdenciária porque elas também representariam um risco para a permanência no Planalto. Assim, ele espera que algumas reformas pontuais podem ser feitas.