Acabou de sair o “mais esperado” dado do ano: o Relatório de Emprego dos EUA (Payroll). O número veio muito acima da média das expectativas (184mil, que achamos muito baixa, de qualquer maneira) e bem acima da maior previsão (Goldman Sachs, com 190mil), com geração de 271mil empregos.
Claro, não vamos nos ater à qualidade dos empregos gerados – porque esse já não é mais o caso.
Como mencionamos ontem, o FED está querendo subir a taxa de juros para que, quando começar a próxima recessão (se ela já não começou), ele tenha alguma munição antes de ir para uma taxa de juros negativa e mais QE.
Esse número, apesar da fraca qualidade, era tudo que o FED precisava.
Assim, como escrevemos ontem no nosso post, esperamos que a alta nas taxas de juros dos EUA se inicie em dezembro (é importante lembrar que 2016 é um ano eleitoral e o FED, assim como os outros Bancos Centrais “independentes”, leva isso bem a sério).
Por mais de dois anos, dissemos que o FED não iria subir a taxa de juros, mas mudamos de opinião ontem, como pode ser visto no nosso post.
A notícia trouxe bastante volatilidade aos mercados aqui no Brasil. O dólar reage positivamente e o ouro mantém seu preço.
Não acreditamos que uma alta na taxa de juros dos EUA seja perniciosa para o ouro, justamente porque acreditamos que essa alta não será grande nem virá acompanhada necessariamente de outras altas.
Ressaltamos a importância dos investidores manterem uma posição em ouro físico em sua custódia.