No episódio de hoje, segunda parte de uma conversa que foi dividida em duas, Marcelo López conversou com Fernando Ulrich, sócio da Liberta Investimentos, e com Otávio Costa, mais conhecido como Tavi, portfolio manager da Crescat Capital.
Marcelo começa falando do atual estado dos mercados e de uma possível bolha que está se formando nas bolsas pelo mundo afora, especialmente após a entrada mais expressiva do varejo. López cita o exemplo da Tesla e compara o patrimônio de Warren Buffett com o de Elon Musk, sugerindo que isso pode ser um indicador.
Fernando menciona alguns exemplos de empresas que estão quebradas e viram suas ações disparar nos últimos meses, como resultado de aplicativos como Robin Hood.
Tavi comenta sobre frases como “fundamentos não importam” e as críticas ao Warren Buffett. Nesse contexto, ele discute sobre a solidez dos fundamentos da economia e, mais especificamente, sobre o mercado de mineração, os setores bancários, imobiliário e de tecnologia.
Fernando faz uma provocação dizendo que o mercado só está subindo por causa do Fed e dos estímulos dos bancos centrais.
Marcelo fala sobre a tese de investimento em urânio e da assimetria favorável ao investidor paciente e compara com a relação risco x retorno no caso dos investimentos em tecnologia.
Tavi complementa os argumentos e conclusões com alguns exemplos e mostra que a dívida das empresas está alta e continua subindo e faz um questionamento com relação ao mercado de urânio e de commodities em geral.
Marcelo explica em mais detalhes o mercado de urânio, salienta aspectos ligados ao crescimento do mercado consumidor (reatores nucleares) e aos cortes de produção das mineradoras. Ele ainda destaca haver um déficit crescente entre oferta e demanda e acredita que o ajuste será feito por meio do preço do metal.
Marcelo também conta sobre a Coca-Cola e o que realmente está mudando nas empresas, e contrasta o aumento do endividamento e das recompras de ações com as receitas e margens dos negócios.
López pergunta sobre a visão dos convidados sobre bolsa, dólar e taxa juros. Tavi chama a atenção para o estresse no câmbio dos mercados emergentes e destaca problemas na economia chinesa que podem repercutir pelo mundo afora.
Fernando discute os impactos da atual taxa de juros no Brasil e da situação fiscal no câmbio, além das consequências da volatilidade na moeda, e defende uma mudança na meta de inflação.
Marcelo traz à discussão o tema bitcoin e Fernando explica o racional por trás da sua tese de investimento, que foca primeiro em reserva de valor e depois em meio de troca. Tavi também dá sua opinião sobre a moeda digital e sobre uma possível forma de diversificação.